terça-feira, 27 de abril de 2010

Passou?

Quem dera eu pudesse ao menos explicar
Mas palavras não são o bastante
Num mundo que tudo pode ser mentira
Eu queria ao menos demonstrar, o quão grata eu sou
Por ter esse amor, que ninguém houvera de me dar
Nesse mundo de palavras vãs
De amor extinto

Eu queria ao menos saber me expressar
De maneira em que você pudesse saber
O quanto é bom te abraçar
E o quanto isso me faz feliz
O teu abraço protetor
Ele vai me faltar...

Porque é sempre assim, o amor de repente vira dor
É ivoluntário, irremediável, inevitável.
Se pudéssemos ter voz ativa
Mas o nosso grito se torna calado.
Fazer o que pede o coração não é aconselhável
O mundo moderno preza a consciência pela razão

Paixão é dos antigos
Ouvir o coração é proibido
Que fazer com os amores que ficam escondidos?
Porque as pessoas dão ouvidos a tudo isso
Depois gritam e molham seu leito, ermo e seco?

O amor é a única estrada para a luz
O amor é a chegada da água ao poço seco
E porque ele é proibido? Por ser ivoluntário ou porque é atrevido?
Amar é não precisar pedir perdão.
E o ódio é o amor adoecido.

É isso que acontece aqui? Estão todos adoecidos?
Eu me apaixonei pelo errado, mas o errado que a sociedade criou
Relutei contra as más línguas, mas não houve acordo, acabou!
Certo, mas nem por isso deixo de crer no amor
Sigo sempre cabisbaixa e aqueles que me vêem passar pela estrada
Não sabem nem o que sinto, se dói, se esqueci ou se penso tal como eles

Mas sempre julgam, os sentimentos, os pensamentos
Não sabem o que foi dito, nem o que já se passou
Mas sabem palpitar, dizer que errou
Talvez eu tenha amado, tenho chorado e sofrido calado
Talvez isso já tenha acontecido com você
Porque então, não oferece a mão para os que estão no chão?
Ao invés de atirar pedras com a face escondida por trás da máscara caída?

Eu abandonei, eu fiz chorar, eu chorei
Por vocês
Pela última vez...



19 de agosto de 2009.

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