quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Anos passando, e eu nem sei bem o que dizer. Cada dia que passa eu considero um milagre, o mundo está diluindo e as pessoas tem se contentado com as trágicas mudanças. O ar, a água, já não são mais como antes. Respiramos gáses tóxicos e bebemos toxinas, será? Não há nada em que podemos duvidar.



Doenças nunca vistas antes, e os cientistas não encontram mais cura para nada. Só anseiam em saber se há vida na lua ou em marte, em qualquer outro lugar, como se quisessem abandonar o barco, se mudar.

Nossa casa sempre foi aqui, mas as rachaduras e as destelhações fomos nós quem provocamos.



Eu estou em total inconformidade com tanta hipocrísia e negligência, com tanta falta de inteligência.



A pós- modernidade realmente não nos dá " um tempo ", frequentes mudanças, tornam a mente humana nociva, o consumismo nos induz a um estado de insatizfação permanente, que aplaude o digital e o descartável e abomina o que é eterno e trabalhoso. Talvez seja por isso que a idéia de amar assuste tanto, a concepção de um sentimento duradouro e complicado contraria os valores vigentes, tornando-nos confusos e vulneráveis.



O amor, é isso que está faltando. Banalizaram um sentimento sério e eterno, posto que agora nem mesmo a ciência já não poderia ser considerada como fonte da verdade, como acreditar sem dúvidas em alguma declaração?



É lamentável a forma que as pessoas tem vivido as suas vidas, e como tem criado os seus filhos, isso me causa muita pena, mas me faz ter orgulho de mim mesma, por ser parte de uma população que pensa diferente e que os meus filhos serão também parte desta, nem que eu tenha que criá-los sozinha.



Uma geração distímica está sendo criada, seres humanos cada vez mais sozinhos e calados, pressionados pela globalização. Ambiguidade de sentimentos, humor bipolar, pólo expansivo, pólo depressivo. O que anda matando mais? O câncer, a depressão ou as pessoas?



Alguém mexeu nesse paradigma.



Não que eu me ache melhor que os outros, mas nutro uma grande admiração por mim, pelo que leio, que ouço, que escrevo e não me comparo à ninguém, cada um possui seus valores, a sua vida e os seus defeitos... Eu muito errei, muito apanhei, mas viveria tudo de novo, pra chegar onde cheguei e hoje sei que o meu amanhã será muito melhor do que posso sonhar... Independente de alguém, eu construo sozinha as bases em que preciso andar.

Um comentário: