segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Para o meu Francisco.

Filho, um dia você vai aprender que você é a sua melhor companhia. Vai ver que as pessoas estão sempre erradas ao opinar sobre tua vida, você então, irá dar mais valor à aqueles amigos que silenciam ao te ouvir falar, serão poucos estes, filho. A vida é injusta filho, não pense que só acontece tais desleixos com você... encare suas dores com alegria, assim como se trata um inimigo com gentileza, cante sempre que quiser chorar, mas nunca deixe de chorar pra cantar... Escreva de toda a sua tristeza, mas depois que o nó a garganta descer ao estomago, levante-se e recupere o tempo que gastou, com qualquer coisa por aí... Tristeza é para escrever e não para viver. É isso, filho.

domingo, 27 de setembro de 2009

Há dias venho tentando escrever aqui.
Mas meus Ctrl's V não vinham dando certo. Vou estar abandonando esta técnica, assim como outras.
- Chega de gerundismo!
Ontem, como todos os dias, estava eu parafraseando as minhas próprias frases, falando comigo. Mais um dezembro vem chegando e como este chegou rápido. Meu silêncio vem gritando cada vez mais alto e eu não tenho conseguido fujir de mim, mas eu ando gostando disso, desses passos que dou a meu favor. Pois eu, como a maioria das pessoas, quis ser o que minha alma não aceitava ser, agora ela ignora mesmo, sem dó.
Sempre ao findar dos meus dias, mesmo que já tenham passado 3 dias...
- Não sei, eu ando assim, terminando os meus dias somente quando fecho um ciclo de pensamento.
Eu tenho descoberto a cada dia, o amor em mim, por mim e pelos que merecem. Tenho sido egoísta e tenho achado o mundo idiota demais. Me faço feliz com estas coisas.
Dias atrás eu liguei pra uma pessoa e à dissimulei, dias depois eu me arrependi, não entendendo este sentimento, busquei minhas mãos e vi um mundo que um dia magoei e que me assassinou metade dos meus anos, salvando somente os meus anos de infância (ou nem este).
Eu me lembro, pelo que escrevi, o resto esqueci.
Há anos mato as pessoas em meus pensamentos para me acostumar com a morte, já nem me lembro quantas vezes minha vó morreu, pois ela me faria tremenda falta. O porquê disto é que eu sempre, desde pequena, quis saber o que era felicidade, e este fato poderia me afastar dela.
Durante alguns anos chorei a sua ausência, não entendendo o porquê de tantas perdas, de quanto luto.
Depois tudo voltou ao normal, e então eu, quase morri. Depois deste dia, eu nasci diferente, eu amanheci de todas as minhas fantasias.
Eu tenho vivido uma felicidade independente. Tenho amado frequentemente o odiado. Tenho descoberto um mundo lilás, onde da tristeza é feita letra de samba.
Isso tem sido meu cais.